Revista Concreto & Construções - edição 84 - page 66

66 | CONCRETO & Construções
u
Figura 8
Execução do ensaio – método da peneira
Fonte:
Projeto de revisão da ABNT NBR 15823 – Parte 6
ABNT NBR 15823, principalmente no
que se refere à inserção dos novos
procedimentos de ensaio, causaram
algumas mudanças na parte 1, com
relação à classificação, controle e
aceitação do CAA no estado fresco.
Como os limites de classificação são
apresentados em tabelas da parte 1,
contendo dados de cada tipo de en-
saio, decidiu-se introduzir três novas
tabelas, cada qual relativa a um dos
três novos ensaios da norma.
O Índice de Estabilidade Visual,
por sua vez, aparece como deter-
minação obrigatória para o controle
e o recebimento do CAA no estado
fresco, tanto em obra quanto na in-
dústria de pré-fabricados ou ca-
sos especiais, muito embora não
seja suficiente para a não aceitação
do concreto.
Outro item de extrema importância
na utilização do CAA, introduzido na
parte 1 da norma, refere-se à sua ras-
treabilidade. Para elementos verticais
recomenda-se a medição da altura de
concreto atingida em cada lançamen-
to e, para elementos horizontais, a
demarcação de zonas de lançamento
para cada lote de concreto.
A Tabela 3 mostra um compara-
tivo entre os ensaios que compõem
cada uma das normas comentadas
neste artigo.
4. CONCLUSÃO
Após cinco anos de sua publicação
e disponibilização para a sociedade da
ABNT NBR 15823, o atual projeto de
revisão possibilitou a introdução de
alguns ajustes para sua atualização e
alinhamento com as tendências inter-
nacionais, permitindo que o profissio-
nal brasileiro tenha opções de proce-
dimentos para avaliação de cada uma
das propriedades do CAA.
Vale ressaltar o bom trabalho de-
senvolvido na elaboração da primeira
versão dessa norma, cujo conteúdo
serviu de base durante seis anos à
aplicação do CAA nas obras e empre-
sas de pré-fabricação do Brasil e tam-
bém na sua revisão, que, por sua vez,
irá possibilitar aprimoramentos nos
documentos originais, tendo em vista
facilitar o conhecimento e a aplicação
do concreto autoadensável no país.
O trabalho de revisão realizado
possibilita tornar a norma brasileira
uma das mais completas do mundo,
permitindo ao usuário conhecer me-
lhor o concreto autoadensável que irá
efetivamente utilizar, a partir dos en-
saios previstos, e realizar seu controle
tecnológico com mais propriedade.
Destaca-se como principais contri-
buições para o meio técnico nacional:
u
Incorporação do Índice de Estabi-
u
Tabela 3 – Ensaios de CAA normatizados por diferentes normas técnicas
Propriedade
Brasileira (ABNT NBR)
Europeia (EN)
Americana (ASTM)
Fluidez
– Slump flow
– IEV
– Slump flow
– IEV
– Slump flow
– IEV
Viscosidade plástica
– Funil V
– t
500
– Funil V
– t
500
– t
500
Habilidade passante
– Anel J
– Caixa L
– Caixa U (informativo)
– Anel J
– Caixa L
– Anel J
Resistência à segregação
– Coluna de segregação
– Método da peneira (informativo)
– Método da peneira
– Coluna de segregação
– Teste da penetração
1...,56,57,58,59,60,61,62,63,64,65 67,68,69,70,71,72,73,74,75,76,...100
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