215
            
            
              IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5  • nº 2
            
            
              
                R. M. F. CANHA  |
              
            
            
              
                G. M. CAMPOS  |
              
            
            
              
                M. K. EL DEBS
              
            
            
              constatada experimentalmente para os protótipos lisos de Ebeling
            
            
              [16], sendo extrapolado aqui para os protótipos rugosos.
            
            
              (32)
            
            
              2
            
            
              emb
            
            
              anc
            
            
              l
            
            
              l
            
            
              =
            
            
              
                
                  3.2 Adaptação do modelo com forças de atrito
                
              
            
            
              Em Campos et al. [3], é proposto um modelo de bielas e tiran-
            
            
              tes para o projeto da base do pilar pré-moldado liso, o qual foi
            
            
              baseado nos resultados da investigação experimental de Ebeling
            
            
              [16]. Esse modelo foi compatibilizado com o modelo proposto de
            
            
              Canha [4] para o dimensionamento do cálice de fundação com
            
            
              interfaces lisas e também considera a parcela resistida pelo con-
            
            
              creto na determinação das forças e posteriormente no dimensio-
            
            
              namento da armadura transversal. O modelo adaptado, com as
            
            
              modificações propostas, está representado na Figura 11.
            
            
              A pressão na parede transversal frontal H
            
            
              supf
            
            
              , a pressão na parede
            
            
              transversal posterior H
            
            
              inf
            
            
              e a reação normal na base da fundação
            
            
              N
            
            
              bf
            
            
              , definidas a partir das equações de equilíbrio, são calculadas,
            
            
              respectivamente, pelas equações 33, 34 e 35:
            
            
              (33)
            
            
              a × +m
            
            
              ÷ ÷
            
            
              ø
            
            
              ö
            
            
              ç ç
            
            
              è
            
            
              æ
            
            
              a × +
            
            
              + -
            
            
              +
            
            
              m+
            
            
              m
            
            
              ×
            
            
              + ÷ ÷
            
            
              ø
            
            
              ö
            
            
              ç ç
            
            
              è
            
            
              æ
            
            
              + -
            
            
              -
            
            
              m+
            
            
              m
            
            
              ×
            
            
              +
            
            
              + -
            
            
              =
            
            
              tg2
            
            
              tg2
            
            
              e h5,0d
            
            
              y
            
            
              1
            
            
              V
            
            
              eh5,0d
            
            
              e
            
            
              1
            
            
              N
            
            
              eh5,0d
            
            
              M
            
            
              H
            
            
              nb
            
            
              2
            
            
              d
            
            
              nb
            
            
              nb
            
            
              2
            
            
              2
            
            
              d
            
            
              nb
            
            
              d
            
            
              f sup
            
            
              (34)
            
            
              2
            
            
              d d
            
            
              f sup
            
            
              inf
            
            
              1
            
            
              VN H H
            
            
              m+
            
            
              + ×m
            
            
              - =
            
            
              (35)
            
            
              2
            
            
              d
            
            
              d
            
            
              bf
            
            
              1
            
            
              V N N
            
            
              m+
            
            
              ×m-
            
            
              =
            
            
              Esse modelo é indicado para cálices submetidos à força normal
            
            
              de grande excentricidade e com comprimentos de embutimento
            
            
              determinados de acordo com a NBR 9062:2006 [6].
            
            
              Em Canha [4], foi comprovado que o modelo de projeto para cálice
            
            
              considerando as forças de atrito, com o ajuste do coeficiente de atrito
            
            
              m
            
            
              =1, foi a favor da segurança para os protótipos rugosos, apesar de
            
            
              ser mais conservador que a teoria de flexão. Desta forma, o modelo
            
            
              para a base do pilar liso foi utilizado para o caso de interfaces rugo-
            
            
              sas, considerando-se
            
            
              m
            
            
              =1, como base de comparação com o modelo
            
            
              proposto para o pilar rugoso baseado no comportamento monolítico.
            
            
              
                
                  3.3 Análise da base do pilar
                
              
            
            
              Para a análise do modelo de projeto proposto para a base do pi-
            
            
              lar, foram considerados quatros seções de pilares determinadas a
            
            
              partir de constatações práticas, de estruturas de concreto pré-mol-
            
            
              dado, usualmente utilizadas. Optou-se por avaliar duas seções re-
            
            
              tangulares e duas quadradas. A primeira seção analisada foi de
            
            
              um pilar de 40x40 cm
            
            
              2
            
            
              . Essas dimensões foram escolhidas por se
            
            
              acreditar ser uma das menores seções utilizadas em estruturas
            
            
              de concreto pré-moldado. Adotou-se um valor de força normal e
            
            
              o momento fletor foi calculado pela equação 36 para resultar em
            
            
              uma situação de grande excentricidade.
            
            
              (36)
            
            
              2
            
            
              hN
            
            
              M
            
            
              d
            
            
              d
            
            
              ³
            
            
              ×
            
            
              A partir do carregamento dessa seção, foram calculados os coefi-
            
            
              cientes
            
            
              ν
            
            
              e
            
            
              '
            
            
              m
            
            
              , conforme as equações 37 e 38, respectivamen-
            
            
              te. Fixando-se esses dois coeficientes, os esforços solicitantes
            
            
              de força normal e momento fletor das outras seções puderam ser
            
            
              determinados.
            
            
              (37)
            
            
              cd c
            
            
              d
            
            
              fA
            
            
              N
            
            
              ×
            
            
              =n
            
            
              (38)
            
            
              cd
            
            
              c
            
            
              d
            
            
              '
            
            
              fhA
            
            
              M
            
            
              × ×
            
            
              =m
            
            
              A força cortante foi determinada através de uma relação linear
            
            
              com o momento fletor, considerando atuação de força concentra-
            
            
              da.  As seções e os respectivos carregamentos estão apresenta-
            
            
              dos na Tabela 4. O dimensionamento do pilar rugoso seguiu um
            
            
              padrão na definição de algumas variáveis de disposições constru-
            
            
              tivas e dos materiais, sendo:
            
            
              a)  Comprimento de embutimento para interface rugosa com
            
            
              Tabela 4 – Dimensões das seções
            
            
              dos pilares e ações
            
            
              Seção
            
            
              do pilar
            
            
              bxh
            
            
              2
            
            
              (cm )
            
            
              Força Normal Força cortante
            
            
              N (kN)
            
            
              d
            
            
              V (kN)
            
            
              d
            
            
              Momento
            
            
              Carregamentos
            
            
              fletor
            
            
              M (kN.m)
            
            
              d
            
            
              40x40
            
            
              250
            
            
              50
            
            
              200
            
            
              40x60
            
            
              375
            
            
              112,5
            
            
              450
            
            
              60x40
            
            
              375
            
            
              75
            
            
              300
            
            
              60x60
            
            
              560
            
            
              168,75
            
            
              675