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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 1
Cement-base bearing pads mortar for connections in the precast concrete: study of surface roughness
Figura 24 – Resultados do afundamento acumulado comparando as rugosidades aplicadas
A
B
verifica-se que para as almofadas RR não há uma diferença
tão grande entre as rigidezes. As almofadas mantiveram-se
íntegras após os ensaios. (Figura 18).
b) Carregamento Cíclico
Para este teste foram ensaiadas 18 almofadas de cada tra-
ço, sendo seis almofadas de cada rugosidade como no ensaio
monotônico. Analisando primeiramente as rigidezes, tem-se a
diferença entre as tensões do traço com fibras e o de referên-
cia na Figura 19 para o ciclo submetido a tensão de 10MPa e
de 20MPa.
Observando as médias dos valores encontrados verifica-se
que o traço PP12 obteve rigidez menor que o traço de referên-
cia. Analisando a Figura 20 tem-se a diferença entre as rigide-
zes de 10MPa e 20MPa. As rigidezes encontradas para o car-
regamento de 20MPa são maiores que as de 10MPa. Isso se
deve porque a amostra, além de ter sofrido os carregamentos
cíclicos de 2,5MPa e 5MPa do mesmo modo que a de 10MPa,
também recebeu todo o carregamento cíclico de 10MPa, por-
tanto, a amostra está mais compactada.
Analisando os valores encontrados e comparando as rugosi-
dades, observa-se na Figura 21 que praticamente não houve
diferença entre os resultados. Acredita-se que isso se deve
ao fato das almofadas já terem sofrido acomodações dos car-
regamentos anteriores, portanto a rugosidade não influenciou
nos resultados.
Além da rigidez, também foram analisados os afundamentos
acumulados. Na Figura 22 têm-se os resultados para os traços
estudados. Através dos resultados percebe-se que, para o
carregamento de 10MPa, a almofada sofre uma maior plasti-
ficação. Isso se deve porque esse carregamento foi aplicado
antes do carregamento de 20MPa e portanto a amostra já está
deformada. Pode-se observar o comportamento dos traços na
Figura 23.
Analisando os gráficos percebe-se uma deformação maior nas
almofadas de traço PP12, como se esperava, já que seu pro-
pósito é ser mais deformável. Com os resultados encontrados
de afundamento, também se fez uma comparação entre as
rugosidades na Figura 24.
Considerando os dois carregamentos, houve um deslocamen-
to consideravelmente maior nas almofadas com rugosidade
aplicada. Este resultado é considerado positivo, corroborando
a importância do uso dessas almofadas.
5. Conclusões
Das análises dos ensaios de caracterização, observa-se que:
a) os valores de resistência à compressão das amostras dos
compósitos estão em torno de 41MPa e para o traço de re-
ferência é de 79,5MPa. Assim, houve uma redução de apro-
ximadamente 48% do valor de resistência do traço modifica-
do em relação ao traço de referência. Para a utilização como
almofada de apoio, este valor em torno de 41MPa pode ser
considerado suficiente;
b) para os ensaios de tração, os valores encontrados para o tra-
ço com fibra e o traço de referência estão bem próximos, da
ordem de 3,0MPa, sendo sua diferença pouco significativa;
c) os módulos de elasticidade dos compósitos chegaram a uma
redução de 45% em relação ao traço de referência, chegando
a 12,8GPa;
d) nos ensaios de força concentrada houve um melhor comporta-
mento da argamassa com a utilização das fibras, conseguindo
absorver 43% a mais de força que a argamassa de referência,
além de permitir um deslocamento de 96% a mais que a arga-
massa de referência.
e) a taxa volumétrica das fibras utilizada (2%) garantiu o apareci-
mento de múltiplas fissuras, o que confere um grau de tenaci-
dade aceitável para o material.
Dos ensaios de almofadas, pode-se concluir que:
a) houve uma diferença significativa entre a argamassa com a
utilização de fibras e rugosidade e a argamassa de referência;