114  |  CONCRETO & Construções
        
        
          cais e, portanto, parcialmente protegi-
        
        
          dos de intempérie.
        
        
          
            4. ESTUDOS DE CASO
          
        
        
          A seguir são apresentados resulta-
        
        
          dos de estudos de caso onde foram
        
        
          obtidos perfis de cloretos em estruturas
        
        
          em uso com idade superior a 20 anos.
        
        
          Foram comparados os perfis medidos
        
        
          na idade da extração das amostras
        
        
          com os resultados do modelo determi-
        
        
          nístico baseado na segunda lei de Fick
        
        
          não considerando o GS e consideran-
        
        
          do o GS.
        
        
          A Figura 9 apresenta valores de co-
        
        
          eficiente de penetração de íons cloreto
        
        
          (k), conforme equação 3, para o ponto
        
        
          PS – TECON (GUIMARÃES e RODRI-
        
        
          GUES, 2010), relativo à viga de para-
        
        
          mento de cais marítimo no extremo sul
        
        
          do Brasil (Fig. 7a). O concreto desta
        
        
          estrutura foi executado com cimento
        
        
          pozolânico.
        
        
          
            [3]
          
        
        
          c = k(t)
        
        
          1/2
        
        
          c: profundidade de ataque - mm;
        
        
          k: coeficiente de penetração do cloreto
        
        
          – mm.ano
        
        
          -1/2
        
        
          ;
        
        
          t: tempo de ataque – ano.
        
        
          Conforme equação 3, k é propor-
        
        
          cional a profundidade de ataque, sen-
        
        
          do k
        
        
          medido
        
        
          obtido diretamente no perfil
        
        
          de cloretos obtido na estrutura (Figura
        
        
          9a) e K
        
        
          estimado
        
        
          , considerando ou não o
        
        
          GS, obtido através das equações 1, 2
        
        
          e 3, sendo D
        
        
          const.Cl
        
        
          -
        
        
          (lab.)
        
        
          o coeficiente de
        
        
          difusão para concreto saturado (HELE-
        
        
          NE;1994) (Figs. 9b, 9c e 9d).
        
        
          Observa-se que o modelo apre-
        
        
          senta um erro de 128% quando não
        
        
          considerado o GS (Fig. 9d) e que este
        
        
          erro cai para 3,6% quando considera-
        
        
          do o GS (Fig. 9b), em relação ao valor
        
        
          obtido no perfil medido aos 22 anos
        
        
          (Fig. 9a). Para o ponto ES do mesmo
        
        
          cais, relativo a estacas prancha (Fig.
        
        
          7b), o erro não considerando o GS e
        
        
          considerando o GS foram de 141% e
        
        
          45%, respectivamente. Para o ponto
        
        
          EI (Fig. 7b), o erro, não considerando
        
        
          o GS, foi de 150% e, considerando o
        
        
          GS, este erro baixa para 61%. Para os
        
        
          pontos ES e EI, os erros considerando
        
        
          o GS ainda são altos, embora tenha
        
        
          reduzido muito em relação ao modelo
        
        
          u
        
        
          
            Figura 7
          
        
        
          Medição de GS no extremo sul do Brasil: a) Cais do Terminal
        
        
          de Conteiners - TECON- pontos PS e PI – cimento CP IV-32,
        
        
          b) Cais do TECON – pontos ES e EI – cimento CP IV-25, c) Torre de
        
        
          telecomunicações – medição a 40 m de altura e à 500 m do mar – cimento
        
        
          Portland comum, d) Testemunhos do ponto PS expostos em pavilhão no
        
        
          TECON, ponto a 10 m de altura e à 120 m do mar
        
        
          (GUIMARÃES e RODRIGUES, 2010)
        
        
          u
        
        
          
            Figura 8
          
        
        
          Valores de GS para os pontos PS, ES, EI; testemunhos de PS expostos no
        
        
          pavilhão do TECON; Torre; rack para o traço P1(Poz) e para o traço H1(ARI)
        
        
          (GUIMARÃES e RODRIGUES, 2010)
        
        
          *L –  testemunho com superfície lateral, em relação à superfície de concretagem, exposta para o sul;
        
        
          b – testemunho com superfície exposta para baixo (ambiente aberto protegido de intempérie;
        
        
          i – testemunho exposto ao ambiente de laboratório (interno).
        
        
          30
        
        
          40
        
        
          50
        
        
          60
        
        
          70
        
        
          80
        
        
          90
        
        
          verão
        
        
          outono
        
        
          inverno
        
        
          primavera
        
        
          
            Grau de Saturação - %
          
        
        
          PS
        
        
          ES
        
        
          EI
        
        
          Pavilhão
        
        
          Torre
        
        
          Rack-Poz-L
        
        
          Rack-Poz-b
        
        
          Rack-Poz-i
        
        
          Rack-ARI-L
        
        
          Rack-ARI-b
        
        
          Rack-ARI-i