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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 2
R. C. C. Lintz | A. E. P. G. A. Jacintho | L. L. Pimentel | L. A. Gachet-Barbosa
Quanto às resistências à compressão dos corpos-de-prova de con-
creto as composições E1, E2 corresponderam a 94% e 58% do va-
lor apresentado para a mistura de referência (E0). Para as demais
misturas a queda para esta propriedade foi bastante acentuada.
Para as resistências à tração por compressão diametral as com-
posições E0, E1 e E2 apresentam valores dentro dos limites de
resistência de blocos de concreto.
Quanto às resistências à compressão dos blocos de concreto, a
NBR6136:2007[22] classifica os blocos de concreto simples para
alvenaria, em quatro classes, conforme indica a Tabela 2, sendo
classificados quanto ao uso em:
Classe A – Com função estrutural, para uso em elementos de al-
venaria acima ou abaixo do nível do solo;
Classe B – Com função estrutural, para uso em elementos de al-
venaria acima do nível do solo;
Classe C – Com função estrutural, para uso em elementos de al-
venaria acima do nível do solo.
Classe D – Sem função estrutural, para uso em elementos de al-
venaria acima do nível do solo.
Pode-se observar que, para todas as misturas de concreto utili-
zadas na fabricação dos blocos os valores de resistência à com-
pressão estão dentro das limitações da norma brasileira para o
emprego como elemento de alvenaria.
Os blocos executados com os traços de referência E0 e o traço
E1, apresentaram resistência acima de 6 MPa aos 28 dias, poden-
do ser classificados na “classe A” e os demais traços atendem as
características de resistência da “classe B”.
Os resultados de resistência à compressão simples aos 14 dias
foram analisados estatisticamente por meio de Análise de Variân-
cia – ANOVA, em função do fator porcentagem de substituição do
agregado natural por RCD. Aos 14 dias de idade (R14), o fator
porcentagem de substituição é estatisticamente significativo ao
nível de 95% de significância (pvalue = 0,0025).
Através do procedimento de múltipla comparação [Tabela 3] apli-
cado em função do fator porcentagem de substituição, observam-
-se três grupos estatisticamente diferentes, estes grupos são indi-
cados pelas letras a, b e c no gráfico da Figura 11, que apresenta
a resistência média dos blocos aos 14 dias.
Tabela 3 – Resultado do Teste de Múltipla
Comparação para resistência à
compressão aos 14 dias de idade
Teste de Múltipla Comparação
Traço
Média
Grupos
homogêneos
E 4
4,165
X
E 3
3,4083
X
E 2
4,180
X
E 1
6,07
X
E 0
7,742
X
Figura 11 – Média de Resistência
à compressão aos 14 dias
Tabela 4 – Resultado do Teste de Múltipla
Comparação para resistência à
compressão aos 28 dias de idade
Teste de Múltipla Comparação
Traço
Média
Grupos
homogêneos
E 4
X
E 3
X
E 2
X
E 1
X
E 0
X
4,771
4,936
5,244
7,181
8,751
Figura 12 – Média de Resistência
à compressão aos 28 dias