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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 1
Cement-base bearing pads mortar for connections in the precast concrete: study of surface roughness
4. Resultados e Discussões
4.1 Ensaios de Caracterização da argamassa
Foram ensaiados seis corpos de prova em três moldagens dife-
rentes (duas amostras por moldagem). As médias dos resultados
estão apresentados na Figura 7 e na Tabela 1.
Analisando os resultados verifica-se que a adição de materiais
diminui a resistência da argamassa, mas esta ainda seria compa-
tível com a utilização. Os corpos de prova dos traços modificados
não apresentaram ruptura frágil devido a presença de fibras (Fi-
gura 8).
No ensaio de tração, verifica-se que não há diferenças significativas
entre as resistências de tração. Há uma tendência dos valores de
resistência da argamassa de referência serem um pouco maiores
que os demais. Para o ensaio de módulo de elasticidade, compa-
rando os resultados das argamassas modificadas com o traço de
referência, observa-se uma significativa redução deste parâmetro.
Este é o foco principal da pesquisa: que o material seja o mais de-
formável possível para ser utilizado como almofada de apoio.
Comparando os resultados encontrados com os valores obtidos
por Siqueira [6], observa-se que os valores estão consistentes
(35MPa de compressão; 2,7MPa de tração e 13,2 GPa de módulo
de elasticidade), e que mesmo com valores reduzidos de compres-
são, estes são suficientes para serem utilizados nas almofadas.
4.2 Ensaios de Caracterização da argamassa
em faixas de almofada
a) Ensaio de Força Concentrada
Realizou-se uma análise em gráficos força
versus
desloca-
mento de 10 tiras de cada traço (Figura 9). A Figura 10 apre-
senta a comparação entre as curvas médias os traços PP12 e
de referência.
Com era de esperar, a faixa de argamassa feita do traço com
fibras apresentou um comportamento melhor, já que esta re-
sistiu a uma carga maior na evolução do carregamento. Esta
teve um comportamento bem parecido com o início do carre-
gamento do traço de referência até o ponto da primeira fissura
e depois o traço PP12 seguiu absorvendo mais força. A força
máxima alcançada pelo traço PP12 foi de 53,65 kN para 4,53
mm de deslocamento e a do traço de Referência foi de 37,60
kN para 2,31 mm de deslocamento, o que corresponde a 43%
no aumento da força e 96% no aumento de deslocamento.
Na Figura 11 percebe-se a diferença entre o comportamen-
to das argamassas. A argamassa de referência praticamente
não deformou com a compressão e a amostra ficou totalmente
espedaçada. Já a amostra com a argamassa PP12 deformou
bem antes de fissurar, e mesmo com as fissuras, as fibras per-
mitiram a amostra continuar íntegra.
b) Ensaio de Flexão
No ensaio de flexão de faixas foram utilizadas seis amostras
tiradas de cada traço e realizou-se uma análise dos gráficos
força
versus
deslocamento. Os resultados são apresentados
na Figura 12 e Figura 13.
Tabela 2 – Resultados das médias das rigidezes do ensaio monotônico (MPa/mm)
Traço PP12
1ª Moldagem
2ª Moldagem
3ª Moldagem
Média
LL
307
461
580
449
LR
286
386
444
372
RR
268
313
340
307
Traço de Referência
1ª Moldagem
2ª Moldagem
3ª Moldagem
Média
LL
636
649
-
642
LR
536
544
-
540
RR
473
506
-
490
Figura 17 – Comparação da rigidez conforme
a rugosidade aplicada